Um ano sem Amy
23:14:00
Essa semana faz um ano que a cantora Amy Winehouse se foi e deixou saudades para os seus fãs.
Em tempos em que uma geração venera cantoras pops que fazem sucesso com músicas remixadas, colocando efeitos mecânicos nas vozes e destorcendo o real tom de seu timbre, Amy surgiu quietinha com o seu primeiro álbum Frank no ano de 2003 com músicas mais melodiosas, calmas e mais voltadas para o jazz, mas foi em 2006 que a cantora mostrou seu lado explosivo com o seu álbum de maior sucesso Back to Black e os hists "Rehab" e "You Now I'm no Good".
Mas, todo seu sucesso foi rápida, intenso e passageiro. Com sua morte prematura, Amy entrou para o clube dos 27 ano passado, fazendo companhia para Janis Joplin, Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Jim Morrison e outras lendas do rock, e com ela levou todo seu charme, estilo e encanto que vibrava como se fosse uma cantora negra de soul/jazz dos anos 60.
Amy era mais que uma cantora, tinha estilo próprio com um visual que virou referência para os admiradores da cultura vintage e retrô.
O que levaria uma mulher tão admirada e talentosa a chegar ao estado que ela chegou? Não há dúvidas de que a mídia teve grande influência nisso, a pressão do sucesso e o sofrimento pela perda de alguém que ela amava muito. Mídia essa inclusive, que elevou tanto a sua imagem após a sua morte, que seu álbum póstumo Lioness: Hidden Treasures teve mais vendas que os discos anteriores.
Acredito que não deve ser fácil você ser obrigada a cantar músicas que fez pensando em alguém que te fez sofrer e depois ter que lembrar sempre daquilo quando for cantar, isso deve ter aumentado muito a sua melancolia.
Sempre gostei da Amy, tanto pela voz, quanto pelo estilo musical e visual e comigo fica apenas o arrependimento de não ter ido ao show dela quando veio ao Brasil com aquele pensamento "Ela vira mais vezes." Mal sabia eu.
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