Kat Von D atualmente é uma das tatuadores mais famosas, mas o que poucos sabem é que uma das pioneiras nesse universo é uma mulher de década de 50. Isso mesmo, em tempos que a tatuagem era marginalizada e quem a tivesse sofria preconceito, Bev Robinsonm, ou melhor, Cindy Ray, como é conhecida, foi uma das primeiras pin-up girl modificada.

A princípio, Cindy era apenas uma modelo como qualquer outra, mas não ganhava tanto destaque com o público e nem com o mercado. Até que em 1959, o fotógrafo Harry Bartram fez um anúncio em um jornal dizendo que precisa de modelos, mas ele só pagaria se a mesma aceitasse se tatuar. Cindy era mãe solteira, trabalhava em uma fábrica e precisa de dinheiro, então encarou o desafio, já que não teria custo nenhum para fechar o corpo e ainda ganharia por isso.

Foi a partir daí que inúmeros trabalhos começaram a aparecer e Cindy começou a estampar  várias capas de revistas e tirar muitas fotos. Em contra partida, ainda assim, não conseguiu ganhar tanto dinheiro como esperavara.

Assim, Cindy Ray tornou-se a primeira australiana tatuada conhecida mundialmente. Para a época, acredito que ela foi uma mulher muito corajosa, já que teve que enfrentar comentários negativos por se tornar uma mulher fora dos padrões.

Mas, a modelo amou tanto as tatuagens que não só começou a pintar seu corpo, como também se interessou em rabiscar a pele alheia. Após casar-se com um tatuador, ela começou a assumir a maquininha e tornou-se uma das primeiras mulheres a tatuar.

O mais legal é que aparentemente Cindy ainda está viva. Ela faz parte do Hall da Fama do Mundo das Tatuagens e foi incluída na lista dos fascinantes australianos no  Museu Nacional Australiano. Além de ter seus trabalhos expostos e receber alguns prêmios.