Sabemos que o Rockabilly é um movimento que vem crescendo bastante no Brasil, tanto em formação de bandas, quanto em relação a adeptos do estilo. Mas tem um outro estilo muito próximo que também tem tomado grandes proporções, o Hillbilly, um estilo de som que lembra o famoso sertanejo americano.
Uma das bandas brasileiras que está representando bem o estilo é Mary Lee & The Sideburn Brothers de Londrina. A banda tem uma formação rústica e crua com apenas uma guitarra, baixo acústico e violão. Com 2 anos de estrada, já rodou por grande parte do Brasil, participando inclusive de festivais. No repertório é possível encontrar músicas próprias e algumas versões country de algumas bandas mais conhecidas como Ramones e Cindy Lauper.
Quer saber mais sobre a banda? Veja entrevista com Mary Lee, vocalista da banda conhecida como o Johnny Cash de saias.
Quando você começou a gostar da cultura 50’s, hillbilly e pin-ups?
Desde pequena sempre gostei de filmes antigos e roupas mais retrô. Nunca gostei de coisas da moda, nunca mesmo.
Pelo seu visual é possível perceber que você gosta do estilo vintage e retrô. Quem são suas inspirações para compor seus looks?
Pra ser bem sincera não tenho nenhuma referência específica. Quando vejo alguma roupa que gosto uso. Mas a maioria das minhas roupas eu mando fazer, porque é difícil de encontrar algo que eu goste em lojas. Tenho vestidos que minha bisavó fez para minha mãe há muitos anos atrás e uso até hoje.
Na verdade fui chamada pelo Bufunfa, baixista da banda, para começar esse até então projeto de banda country. Quando começamos não tinha nem ideia do que ia virar e o tanto que eu ia me apaixonar pelo som. Eu tinha outra banda na época, mas era outra pegada, era mais para o punk rock. Mas o country me pegou de jeito, me apaixonei mesmo!
Quais são os artistas que mais influenciam o trabalho da banda?
Vixe, são vários! Mas alguns que vale a pena conferir são: Loretta Lynn, Hank Williams, Wayne Hancock, Bob Wayne, The Weary Boys, Old Crow Medicine Show, June Carter e Johnny Cash, Bob Wills, Jimmie Rodgers, The Devil Makes Three... Se fosse falar todos que gosto a lista seria grande demais! hehe
Quando você percebeu que tinha potencial para cantar?
Desde bem pequena eu já gostava de cantar, usava o controle remoto da TV de microfone, haha. Mas comecei a me empenhar mesmo quando tinha uns 14 anos. Acredito que potencial todo mundo tem, só tem que fazer com o coração e com a alma.
O cenário rockabilly está crescendo e se fortalecendo, apesar de serem estilos musicais próximos, cada uma tem suas características. O movimento hillbilly também tem tomado maiores proporções?
Sem dúvida! É muito legal ver como o Brasil está conhecendo e gostando do estilo. A gente viaja muito e em cada lugar vemos o quanto está crescendo. Sempre quando voltamos a algum lugar onde já tocamos, tem mais gente que está realmente indo atrás de conhecer som. Muitas pessoas ficam surpresas quando ouvem pela primeira vez e fazem perguntas sobre o som e os instrumentos, muito bom isso. Além disso, tantas bandas boas do estilo que estão surgindo no Brasil faz a cena crescer cada vez mais, acho isso ótimo!
Por ser um estilo pouco conhecido, há um certo preconceito pelo tipo de música que você canta? Como as pessoas vêem o seu trabalho?
De maneira nenhuma. Nunca sofri preconceito com meu som, bem pelo contrário. Quem já conhece, sempre está lá para prestigiar e quem passa a conhecer adora. É legal que agrada desde criança, passando pelos rockeiros até pessoas mais velhas.
A banda é de Londrina, há um apoio fonográfico na região para apoiar as bandas, principalmente o hillbilly que é pouco divulgado?
Infelizmente não há apoio nenhum, de lugar nenhum. Temos que fazer tudo independente, na raça mesmo. Se por um lado é ruim, pois tudo demora mais para acontecer, por outro é muito recompensador, quando temos o reconhecimento pelo nosso trabalho, que fizemos ali na raça com muita dificuldade, mas sempre com muito amor, faz tudo valer a pena!
O ano passado vocês lançaram o primeiro CD da banda que saiu pela Zombie Union Records, quais são os planos futuros da banda após esse lançamento?
Para finalizar, qual seu recado para as pessoas que estão lendo essa entrevista e conhecendo seu trabalho?
Queria só agradecer à todos que nos apoiam. Porque quem está perto, sabe como é difícil ser uma banda independente no Brasil. E dizer que se as coisas estão caminhando é porque fazemos tudo de coração, cada suor, cada lágrima derramada no meio do caminho vale a pena.
Valeu pelo espaço Daise, sucesso no seu blog!
Gostou de conhecer um pouco sobre a Mary Lee e sua banda? Olha só o clip da música "Everyday".
Aproveita para curtir a página Mary Lee & The Sideburn Brothers.
E então, o que achou da entrevista? Você gosta do estilo Hillbilly?
sucesso pra ela! Amo esse estilo e pode ter certeza que vou escutar o som.
ResponderExcluirDaise, você sempre me apresentando bandas novas, ADORO!
Grande beijo
umanoitemparis.blogspot.com
Oi Nicole, a ideia é justamente essa. Apresentar bandas novas, principalmente que sejam nacionais =)
Excluirehhhh....mulheres no poder, sempre livre!!! O Bufunfa eh meu amigo de muito tempo atras,nao conheco Mary Lee em pessoa mas ja vi o clipe da banda e gostei muito,longa data ao trio!
ResponderExcluirLonga mesmo Daninha.
ExcluirAmooooo essa banda! Ela faz shows aqui em Brasília, e não tem um se quer que esteja vazio e sem gente dançando. Adorei a entrevista, parabéns! Muack =*
ResponderExcluirPoxa, que legal Laís. Ainda não tive oportunidade de vê-los aqui em São Paulo. Apesar de saber que eles já fizeram alguns. Agora é torcer para ir nos próximos. Beijokas =*
ExcluirObrigada pela visitinha,nossa foi uma honra pra mim :)
ResponderExcluirImagina, adoro conhecer outros blogs, ainda mais quando tem um temática legal =)
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