Entrevista com a Juliana Lourenço

Todas nós sabemos que na hora de compor o visual, além de se preocupar com a roupa é preciso ficar atenta também aos acessórios, como: sapatos, cintos e bolsas, por exemplo. Apesar de vivermos em uma época em que não é preciso mais combinar esses itens, é necessário deixar tudo dentro de um contexto, mesmo não combinando, os acessórios precisam conversar entre si.

Mas, para quem gosta de compor um estilo mais único e pessoal, a dica de hoje são as bolsas da Juliana Lourenço, dona da marca que leva o seu nome. 

A Juliana é formada em Moda e pós-graduada em História da Arte pela Universidade Estadual de Londrina. Ela inicou seu trabalho com bolsas em 2000, seu negócio cresceu e hoje ela vende seus produtos para todo o Brasil. As bolsas podem ser adquirdas por mulheres de todas as idades e os produtos são confeccionados com diversos materiais, como: sintético, algodão e vinílicos.

As bolsas são produzidas com diversos temas e estilos, você pode encontrar: necessaires, estojos, organizadores, tira-colo, cluthes, totes bags, bowling bags, country bags entre outros. Os temas variam entre pets, pin-ups e rostos de artistas, como da Marilyn Monroe e do Elvis Presley.

A Juliana também é apaixonada pelos anos 60 e 70 e pela moda Western. Quer saber mais sobre ela? Então, confira a entrevista:

Bolsas Juliana Loureço

Ao perguntar sobre qual década as pessoas mais gostam, muitas respondem os anos 50. Mas você tem um fascínio maior pelos anos 60 e 70. O que te agrada nessas décadas?

O que me agrada é que nessas décadas as pessoas, principalmente as mulheres, são mais sexys, mais livres, mais coloridas. Nos anos 60, acho MARAVILHOSO os cabelões a la Brigitte Bardot, Sharon Tate e Jane Fonda (que com certeza são minhas divas maiores) os vestidinhos e mini saias estilo Mary Quant vindos da Inglaterra que deixavam as mulheres com jeitinho de boneca. Já nos anos 70 as mulheres usam looks mais despretensiosos, cabelos esvoaçados,  e mesmo assim era muito sexys e chiques... é isso que eu amo e sigo nessas décadas. Tem mais a ver com meu estilo de vida.

Você tem um estilo próprio e que lembra muito o Western, quais são suas inspirações para compor seu visual?

Minhas inspirações para compor meu visual são muitas! Eu gosto de misturar minhas referências  já que essas duas décadas são muito ricas culturamente, principalmente em relação a filmes e músicas. Gosto de me inspirar nas Playmates e Barbies dos anos 60 e 70, já que possuem um estilo bem feminino e sensual. Me inspiro muito também nos estilos boho, folk e country, presentes nas minhas bandas e cantores favoritos. No estilo MOD, que veio da Inglaterra, no estilo Disco, Hippie e Vitoriano dos anos 70 também. Isso, sem falar nos filmes e nas atrizes dessas épocas que são, com certeza, minhas maiores inspirações. Mas minhas inspirações westerns, em primeiro lugar, vem da minha família, como meus avós e meus pais nasceram no sítio, essa característica caipira sempre esteve presente na minha família, tanto no vestuário quanto no estilo de vida. Além disso, em Londrina, a cidade onde nasci e vivo, essa cultura é bastante acentuada. 

Na foto da direita, Juliana com a bolsa Johnny e June

Você é uma colecionadora de Barbies. De onde veio tanta paixão?

Veio desde a primeira Barbie que eu ganhei da minha tia quando eu tinha 2 aninhos em 1982, e era uma Barbie ciclista!!!! Desde então sempre pedi pra minha mãe comprar quando era criança. Depois de adulta o negócio começou a ficar sério mesmo e eu comecei a colecionar as Barbies Collectors, que são Barbies fabricadas especialmente para colecionador, e a linha que eu coleciono é a "My Favorite Barbie", que são reproduçoes das Barbies  mais vendidas nos anos 60, 70, 80.... ah, também sou colecionadora  de revistas  dos anos 60 e 70, especialmente de Playboys, por isso me inspiro tanto nas playmates dessas décadas.

Quando você começou a produzir suas próprias bolsas e viu que tinha potencial para abrir um negócio?

Eu costuro desde meus 15 anos, quando comecei a fazer customizações para mim, e com a prática fui cada vez melhorando, até que as pessoas viam minhas peças e perguntavam onde eu havia comprado, e se eu faria pra vender. Então, em 2000 eu comecei a fazer as primeiras bolsas para vender, mas isso apenas para conhecidos e parentes. Foi em 2004 quando um conhecido nosso tinha uma loja que vendia artigos relacionados a rock, encomendou 5 bolsas, pois gostou do meu trabalho e colocou-as a venda na loja. Para minha alegria, e dele também, as bolsas venderam rapidamente e ele encomendou outras 5 bolsas, e assim foi... Logo depois, eu entrei no Orkut e coloquei as bolsas na Internet e elas tiveram uma excelente aceitação. E assim, pela internet, eu vendo até hoje.

Juliana com as suas bolsas Color Clutch

Você cria e confecciona sozinha as suas bolsas? Como funciona o processo criativo?

Sim, crio e confecciono tudo sozinha. Nada melhor que criar livre, leve e solta aqui na minha casinha. O processo criativo se baseia em primeiro lugar em atender os desejos das minhas clientes que é de uma bolsa prática e com muito estilo. Utilizo revistas fashions de época e atuais e claro que busco informações em sites de moda. Outra motivação para a criação é a de fazer bolsas que eu queria para mim, mas que nunca encontrei para vender em lugar algum!

Nos últimos tempos o gosto pela cultura vintage tem aumentado, isso tem refletido no seu trabalho com a produção das bolsas e surgimento de novas clientes?

Quando eu comecei em 2003 a vender pela internet e analisando o que tudo que aconteceu até agora, noto que aumentou muito esse público. Com isso minha produção cresceu bastante. Novas clientes vem surgindo dia após dia a procura de um produto diferenciado que ajuda a compor seu visual retrô ou por gostar de determinados artistas, pois nas minhas coleções sempre tem bolsas com estampas de artistas.

Juliana com a bolsa Sport 73

Qual o diferencial da sua marca, para conquistar novas adeptas ao estilo?

Por vender bolsas, eu fico mais livre para ter um público maior. Pois vender acessórios não é como roupas para as quais você tem que ficar presa a modelagens para cair bem no corpo de uma pessoa (isso interfere um pouco na criação). A bolsa, na pior das hipóteses, precisa de ajustes nas alças, então, aproveito dessa vantagem e faço bolsas de vários estilos para satisfazer as vontades das minhas clientes que vão de todas as idades, dos 10 aos 90 anos. O que minhas clientes encontram na minha marca é uma opção bem variada de estilos tais como Country, Lady Like, modelos com estampas de artistas, como: Elvis Presley, Johnny Cash, Elvira, Beatles, Pin-Ups, modelos Boho e Folk com franjas, pois mulher gosta de quantidade e qualidade!

  

Acredita que as redes sociais tem sido uma ótima ferramenta para divulgar o seu trabalho? Quais outros meios de comunicação você utiliza para falar com o seu público?

Todas as clientes e representantes que conquistei nesses anos consegui por meio das redes sociais. Só utilizo a internet mesmo.

Juliana com seu look para usar com bolsas

Para finalizar, quem quiser comprar os produtos com você, o que deve fazer?

Podem me adicionar no meu Facebook pessoal Playmate 1960 e também a Fan Page onde divulgo as minhas bolsas Juliana Lourenço.

Adorei participar do seu blog Daise! 

Quem quiser também pode seguí-la o Blog, no Pinterest e no Flickr. Na página, ela também tem um álbum especial de looks que podem ser usado com as suas bolsas, muito inspirador.

Gostaria de agradecer a Juliana pela entrevista. Espero que tenham gostado =)